Entenda melhor a farsa do PT no campo social

Neste editorial de hoje, intitulado "A farsa do PT no campo social", o jornal "O Estado de S. Paulo" escreve que o Partido dos Trabalhadores (PT) tem sido motivo de profundas e amargas decepções para quem acreditou em seus propósitos iniciais. 

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Criado há 35 anos por um grupo heterogêneo composto por acadêmicos de esquerda, líderes sindicais e católicos identificados com a Teologia da Libertação, levantou a bandeira da justiça social e da moralização da vida pública e se propôs a lutar contra "tudo o que está aí", para garantir os direitos dos trabalhadores e a inclusão na vida econômica dos miseráveis abandonados na periferia das metrópoles e nos grotões do interior. Depois de mais de 20 anos, ao custo de renegar fundamentos de seu ideário, conquistou o poder e ali permanece até hoje, de braços dados com as lideranças políticas mais retrógradas que antes combatia. Hoje, o PT "ou muda ou acaba", segundo anátema lançado por um de seus muitos militantes desiludidos, a senadora Marta Suplicy.

Outro contundente depoimento sobre os descaminhos do PT foi prestado por um de seus apoiadores de primeira hora, o dominicano Frei Betto, que no primeiro mandato de Lula, em 2003, coordenou a implantação do programa Fome Zero, logo substituído pelo Bolsa Família. Substituição que, aliás, motivou o afastamento voluntário de Frei Betto do governo, pelas razões que deixa claras na longa entrevista concedida à coluna Direto da Fonte, de Sonia Racy, publicada no Estado de 30 de março.

Afirma o religioso dominicano que hoje se assiste ao "começo do fim" do PT. Mas, provável e compreensivelmente levado pela memória afetiva que o liga a líderes e à história do PT e "apesar de todos os pesares", Frei Betto entende que os 12 anos de governo do PT até agora "foram os melhores de nossa história republicana". O que não o impede de botar o dedo na ferida, indo diretamente à questão central que provoca sua desilusão com o partido de Lula: "O PT trocou um projeto de Brasil por um projeto de poder". E isso se reflete no fato de que não se concretizou até hoje "nenhuma reforma de estrutura, nenhuma daquelas prometidas nos documentos originais do PT". E cita: "Nem a (reforma) agrária, nem a tributária, nem a política. E aí poderíamos acrescentar: nem a da educação, nem a urbana. Em suma, o que falta ao governo - e desde 2003 - é planejamento estratégico". Em outras palavras, um projeto de País.

Para Frei Betto, os governos do PT facilitaram "o acesso dos brasileiros aos bens pessoais, mas não aos bens sociais". E explica: "Se vamos em um barraco de favela, lá dentro tem TV a cores, micro-ondas, máquina de lavar" e muitos outros bens de consumo. "Porém, essa família continua no barraco, sem saneamento, em um emprego precário, sem acesso à saúde, educação, transporte público e segurança de qualidade. O governo facilitou o acesso dos brasileiros aos bens pessoais, mas não aos bens sociais."

Essa colocação explicita o espírito das "políticas sociais" dos governos petistas, sempre de caráter pontual, feitas para atingir objetivos de curto prazo e, de preferência, eleitorais. Foi o que ocorreu com a substituição do Fome Zero pelo Bolsa Família. O primeiro, muito mais complexo e, consequentemente, preso a possibilidades de ampliação mais lentas, não se limitava a proporcionar às pessoas excluídas da vida econômica uma contribuição financeira mensal para a sobrevivência, mas oferecia um conjunto de possibilidades e impunha obrigações, de modo a criar condições para a inserção do beneficiado na atividade produtiva. É o que Frei Betto chama de programa de "caráter emancipatório". Ao contrário, o Bolsa Família, muito mais facilmente implantável e ampliável, acaba tornando seus beneficiários dependentes financeiros do poder público. Cria e alimenta, em português claro, verdadeiros currais eleitorais.


Essa evidência se confirma com o testemunho de outro desiludido com o PT, o jurista Hélio Bicudo, que relatou em entrevista gravada a um programa de televisão o seguinte episódio: em 2003, numa reunião de membros do governo sobre a implantação do Bolsa Família, questionado sobre os objetivos e benefícios do programa, o então ministro José Dirceu, chefe da Casa Civil, respondeu sem pestanejar: "Quarenta milhões de votos". Dá para entender por que o PT acabou se transformando numa farsa até para muitos antigos e fiéis militantes e apoiadores.

Dívida brasileira na ONU já soma R$ 813,9 milhões

O governo Dilma consolida para o Brasil a reputação de mau pagador, após aplicar o “tombo” de US$ 259 milhões (equivalentes a R$ 813,2 milhões) na Organização das Nações Unidas. Só este ano, o Brasil já deveria ter pago US$ 79,6 milhões (ou R$ 249,9 milhões) à entidade. Todos os países-membros assumem o compromisso de manter, além da própria ONU, o tribunal internacional e também as missões de paz.

A ONU mantém uma “Lista de Honra” com os nomes dos países em dia com obrigações junto à entidade. Nessa lista, “Brazil” não aparece. Países como Cuba, Bolívia, Equador e República Dominicana, destinos comuns de investimentos do BNDES, estão em dia junto à ONU.

Segundo o site Diário do Poder, o Brasil é figurinha carimbada na lista de maiores devedores e até já foi citado pelo porta-voz da ONU como “exemplo a não ser seguido”.

Serra quer atrair mais de 1 milhão de turistas neste inverno

A serra gaúcha prepara-se para entrar mais uma vez na rota do frio. Com a queda da temperatura, chegam os turistas. Apesar de a época de maior movimento na serra gaúcha ainda ser na véspera de Natal, no inverno do ano passado, mais de 1 milhão de pessoas visitaram a região nas estações mais frias do ano.

A expectativa é que o número de turistas ganhe um incremento entre 5% e 8% neste ano.

O movimento já começou a aumentar neste final e semana com as atrações de Páscoa onde milhares de turistas lotaram Gramado.

Vendas de Páscoa crescem 2% no RS

As vendas de Páscoa atingiram um crescimento de 2% nos supermercados gaúchos em 2015, na comparação com o ano passado, conforme divulgou neste domingo a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas).

Os consumidores gaúchos apostaram em chocolates menores, bombons e ovos pequenos para presentear os familiares.

Segundo a Agas, somente 2% dos quase 9 milhões de ovos colocados à venda não foram comercializados até o domingo pelo setor.

Padilha nega lobby junto a Valter Cardeal por usina eólica em Tramandaí

CLIQUE AQUI para ler a reportagem da revista Época. Na foto ao lado, Padilha recebendo Cardeal. Na entrevista a seguir, o ministro não faz referência à conversa que vazou, embora ela só tenha sido testemunhada por ele mesmo e por Cardeal, homem de Dilma e do PT. 

O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), negou, neste sábado, em entrevista à Rádio Guaíba, as informações publicadas em matéria da Revista Época, na qual é acusado de prática de lobby. Pela apuração da revista, Padilha reuniu-se, já como ministro, com o diretor da Eletrobras Valter Cardeal para facilitar futuros contratos com a multinacional portuguesa EDP. A portuguesa mantém contrato de locação de um terreno de propriedade de Eliseu Padilha e outros dois sócios, onde opera o Parque Eólico Cidreira I, no litoral gaúcho. Segundo a revista Época, os rendimentos do negócio são de R$ 1,6 milhão por ano para o ministro.

Padilha se defende da acusação, afirmando que o encontro com o diretor da Eletrobras se tratou de uma visita de cortesia e que não há qualquer interesse em expandir o parque eólico na propriedade dele. “Eu nunca fiz lobby a favor de quem quer que seja, muito menos a favor da EDP, que hoje é a arrendatária de uma área de terra que é minha e de outros dois proprietários. Uma empresa que antecedeu a EDP construiu o parque eólico em Tramandaí e nos paga arrendamento. Ponto. Nada mais. Tem pedido meu de ampliar? Não! Até porque a minha área toda tá arrendada”, argumentou o ministro, destacando que os valores todos são declarados para a Receita Federal, sem qualquer ilegalidade.

O texto da Época, publicado nessa sexta-feira, é assinado pelos jornalistas Murilo Ramos e Thiago Bronzatto, com participação de Flávia Tavares. À revista, Padilha disse, conforme a reportagem, que o encontro com o diretor da Eletrobras tratou de uma possível ampliação do parque. Em entrevista à Rádio Guaíba, Padilha negou que haja tal possibilidade.

O ministro declarou, ainda, que estuda entrar com ação contra a revista Época pelo conteúdo da matéria, que apontou pessoas ligadas a ele como supostos laranjas na consolidação do negócio. O ministro afirmou, ainda, que não pode confirmar ou contestar o valor anual do negócio por se tratar de um contrato com multinacional, que prevê sigilo.

Ao contrário do Lava Jato, OAB cala diante da Operação Zelotes

Os governos do PT não cansam de assombrar os brasileiros.


Apesar dos ataques diretos a escritórios de advocacia que teriam atuado de modo criminoso no Carf, segundo investigaçõesda Polícia Federal e do MPF, até o momento a OAB nada falou sobre o assunto.

Está cega, muda e surda.

Em outros episódios, como da Operação Lava Jato, a OAB tem se pronunciado de modo reiterado contra as investigações da PF, as denúncias do MPF e a atuação do juiz Sérgio Moro.

Recusar propina no Carf dava 'castigo', aponta investigação da Polícia Federal

O Carf é um órgão da Fazenda que julga, em segunda instância, casos em que o contribuinte já foi autuado.

O jornal Folha de São Paulo deste domingo revela em reportagem que as investigações da Polícia Federal na Operação Zelotes apontam que empresas que se recusavam a pagar propina a integrantes de uma quadrilha que supostamente agia no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) eram punidas com "castigo" de até R$ 1 milhão por mês.

As empresas eram vítimas de uma organização criminosa da qual faziam parte a ex-chefe da Casa Civil de Lula, Erenice Guerra, indicada para o cargo por Dilma, como também Antonio Cartaxo, nomeado para a chefia do Carf também por Lula e mantido por Lula.


 Erenice Guerra, quando era ministra da Casa Civil de Dilma Rousseff, indicou José Ricardo da Silva para o Carf. Depois de ser afastada do cargo, tornou-se sua sócia oculta, através de um contrato de gaveta.

O relatório da PF sobre a operação Zelotes diz que José Ricardo da Silva "é o articulador e possível chefe da suposta organização criminosa".


Ele é acusado de fraudar a Receita Federal com seu pai, Eivany Silva, e com sua irmã, Eivanice Canário. Segundo o Coaf, entre dezembro de 2004 a fevereiro de 2015 ele fez transações financeiras atípicas num valor de 19,6 milhões de reais.

São todos do PT. A arte ao lado também é da Folha. 

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A multa seria imposta à empresa se houvesse o julgamento no Conselho do processo a que a ela estava respondendo e, por isso, a quadrilha pressionava para que a votação ocorresse rapidamente.
O Carf é um órgão da Fazenda que julga, em segunda instância, casos em que o contribuinte já foi autuado.

Em várias das interceptações feitas os suspeitos falam abertamente sobre os esquemas de corrupção. Num diálogo entre o conselheiro Paulo Cortez e seu sócio, o advogado Nelson Malmann, o conselheiro diz que a quadrilha fazia absurdos contra os "pequenininhos" e que os "grandões" ficavam "livres".
"É só pagar a taxa", diz o conselheiro.
Os integrantes do esquema também conseguiam formas originais de receber a propina, dizem os investigadores. Eles comentam que, no caso do Santander, um dos conselheiros que votaram para que o banco fosse isento de uma multa foi convidado a dar uma palestra na instituição.
Segundo Cortez, o conselheiro não quis voltar de avião, mesmo com passagem grátis, pois não queria "chamar a atenção" para a mala de dinheiro que estava trazendo. Cortez não informa o valor na conversa. O conselheiro voltou de ônibus para Brasília.
Os valores são sempre contados a partir da casa dos milhões. Num diálogo do ex-auditor da Receita e conselheiro do Carf Jorge Victor Rodrigues, com Jefferson Ribeiro Salazar, também ex-auditor, eles falam num pagamento de 20 (identificado pelos investigadores com R$ 20 milhões) para resolver o problema do Banco Safra.
Segundo ele, parte do dinheiro teria de ser repassada à Procuradoria, identificada como a PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional), órgão da Fazenda.
"Nesses 20 [milhões] está também a Procuradoria, eles têm uma boca grande!", disse Rodrigues.
No mesmo caso, Rodrigues e Salazar discutem a forma de receber o pagamento, já que o banco exigia que houvesse uma empresa de boa qualidade para receber o pagamento pela consultoria para evitar que a área de compliance (fiscalização interna) do banco suspeitasse da operação.
Cortez, Mallmann, Salazar e Rodrigues não foram localizados pela Folha. O Santander nega irregularidades. O Safra não se pronuncia sobre o assunto.


85% dos leitores avisam que irão para as ruas no dia 12

85% dos leitores cravaram na resposta "sim", quando perguntados na enquete desta página se participariam dos protestos de rua programados para o dia 12 em todo o País.

É um número altíssimo.

Apenas 11% disseram que não sairão às ruas.

Nova enquete já está disponível aí ao lado e pergunta o que pode fazer o governo Sartori pela segurança pública dos gaúchos.

Duas respostas estão disponíveis:

Botar a polícia na rua e fiscalizar sua atuação ali.

Não fazer nada


A alegação de que novos policiais não são nomeados e que horas extras foram cortadas não justifica o despoliciamento, até porque níveis superiores de inteligência e equipamentos mais modernos, já em poder da segurança, podem ser usados com maior eficiência - e não são. 

A reforma do Estado é medida de mais longo prazo, mas ela se impõe sobretudo em relação duas áreas que pesam de modo brutal sobre o custo da Folha de Pessoal, oferecendo rendimentos muito abaixo do que esperam os gaúchos, no caso segurança pública e educação. Anomalias históricas precisam ser enfrentadas com coragem, sobretudo as que estão relacionadas com produção, produtividade e qualidade, o que inclui reformas radicais na gestão, inclusive o fim para as aposentadorias precoces e a resolução do déficit previdenciário, o que também resultaria em melhores salários para os contigentes existentes. 

Crime debocha do governo Sartori no RS

Se não bastassem os 8 assaltos a bancos,  realizados num período de 72 horas no Rio Grande do Sul, o crime organizado passou todos os limites na manhã desse sábado, dia 04 de abril. Quatro homens armados, usando máscaras cirúrgicas para esconder o rosto assaltaram  a lotérica que fica na ala externa do Mercado Público, no Largo Glênio Peres.

Eram 11 horas da manhã.

Uma companhia do 9º BPM atua na Praça 15 de novembro. A instalação física fica a exatos 75 metros da lotérica. Ali, estratégicamente a Brigada Militar tem 10 homens treinados para “pronto emprego”.
Alguma coisa de muito grave está acontecendo com a Segurança Pública do Rio Grande do Sul.


O Governador José Ivo Sartori tem de identificar,  imediatemente quem está interessado em enfraquecer seu governo na área da Segurança. A opinião pública não vai perdoar omissões, corporativismos e corpo mole.

- A nota a seguir é do blog Cristal Vox, Porto Alegre. 

Luis Milman protesta contra artigo antissemita publicado pelo jornal Zero Hora

Professor de jornalismo na Ufrgs e ele mesmo jornalista profissional, além de escritor, o gaúcho Luiz Milman não goistou de artigo publicado no jornal Zero Hora deste sábado, no qual um antropólogo local defendeu o sacrifício de animais em cerimônias de batuque, comparando-a com prática igual que ocorreria em atos religiosos em sinagogas de Porto Alegre e de todas as partes do mundo.

Luiz Milman mostrou-se indignado nesta carta enviada para a diretor ade redação do jornal, porque antes de mais nada o artigo é mentiroso, já que nenhum sacrifício de animal é realizado em qualquer cerimônia levada a efeito nas sinagogas.

O artigo ofende claramente o povo judeu.

Leia a carta:

Recebi muitas mensagens de judeus revoltados, pelo Facebook, tratando do artigo publicado por ZH, no sábado passado, dia 3 de abril. Comum a todas as manifestações, era a repulsa causada na comunidade judaica pelo citado artigo, de autoria de um antropólogo local, que fazia a defesa dos sacrifícios animais em rituais de batuque. Até aí, um tema admitidamente controverso e, por essa razão de interesse jornalístico. No entanto, o artigo avança para a formulação de uma simetria ritualística entre as práticas dos batuqueiros e  os rituais realizados nas sinagogas judaicas., com base na sua informação de que nas sinagogas também é comum a prática de sacrifícios. E que no caso das últimas, não há pressão para que as práticas sejam proibidas devido ao receio da “poderosa comunidade judaica”. Para começar, uma palavra sobre o tal antropólogo: trata-se de um sabujo antissemita que se anuncia como pesquisador, mas que, em verdade, não passa de um infeliz palpiteiro sobre temas que não conhece. E não são temas difíceis de pesquisar para alguém que se diz antropólogo. Bastaria ter visitado algumas sinagogas locais e constatar que, nelas, não se faz sacrifícios de animais de qualquer espécie. E não se faz há mais de 2mil anos, desde a queda do II Templo de Jerusalém.

Mas a mixórdia publicada pelo tal antropólogo, visava, se analisada com vagar, equiparar os estudos e a liturgia milenares de uma religião literária, que cumpre papel central na formação da cultura ocidental,  com formas animistas de culto, para as quais a sangria de animais é ainda a parte central. Um arrematado despropósito, que se projeta da tentativa psicótica de propor a equivalência entre religiões e práticas rituais que não tem nada em comum. Quanto à denúncia feita pelo antropólogo, de que os rituais judaicos são tratados com panos quentes porque se teme a poderosa comunidade judaica, é forçoso dizer que, mais uma vez, um artigo antissemita, mentiroso e ofensivo com relação aos costumes judaicos, é publicado por Zero Hora, a exemplo do que já o foram tantos outros. Tem-se adotado esta norma em ZH, é de se constatar; e mesmo que os proprietários do grupo RBS sejam de origem judaica, ninguém sabe o que esta condição implica para eles. E fica a pergunta: qual a razão de publicar a excrescência antropológica justamente no dia em que os judeus comemoram o Pessach, a importante Páscoa Judaica, data na qual se recordam os milagres da saída do Egito?  O que passou pela cabeça do editor(a) de opinião do jornal, ao permitir que tamanho despropósito, sem qualquer base factual, mentiroso e reprovável sob todos os pontos de vista, fosse publicado justamente neste dia?

Tudo isto pode ser ocasional, mas não é o que parece. E aqui chegamos ao terceiro ponto. A forma inconsequente, amadorística e irresponsável com que são tratadas questões cultural e socialmente sensíveis para a comunidade judaica tem despertado um crescente asco por este jornal. Isso mesmo, asco. Muitas pessoas da comunidade já cancelaram suas assinaturas de Zero Hora devido a posturas ora pró-Palestina do noticiário sobre o conflito com Israel, ora  no mínimo apressadas e até mesmo fraudulentas quando da abordagem de temas judaicos.

Fica aqui minha indignação por mais esta violência cometida por Zero Hora contra a comunidade judaica do Rio Grande.

Luis Milman, Porto Alegre. 

PF INDICA QUE SECRETÁRIO DA RECEITA DO GOVERNO LULA PARTICIPOU DA CORRUPÇÃO NO CARF

O jornalista Claudio Humberto diz neste domingo que no governo Dilma, Cartaxo, que presidiu o Carf, virou caso de polícia. A polícia apreendeu muito dinheiro em espécie na casa do genro de Cartaxo. Depois doo Mensalão e do Petrolão, o PT enfrenta agora o Carfão.

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A Polícia Federal grampeou, com autorização judicial, ao menos dois telefones de Otacílio Dantas Cartaxo, que no governo Lula foi o "xerife" que chefiou a Secretaria da Receita Federal entre 2009 e 2010. No governo Dilma, presidiu de 2011 até janeiro deste ano o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão responsável por julgar reclamações de contribuintes em débito com a Receita, e alvo das investigações.
Há indícios de que Cartaxo participou do esquema de venda de decisões favoráveis a grandes empresas. A PF acha que ele mantinha relações de proximidade com investigados no esquema, entre eles o próprio genro, Leonardo Siade Manzan.
Nas escutas, lobistas e conselheiros conversam sobre supostas gestões do exsecretário em favor de empresas suspeitas de pagar propina no órgão. O monitoramento dos telefones de Cartaxo foi necessário, segundo relatório da PF enviado à Justiça Federal, "tendo em vista a suspeita que há sobre este alvo e a sua condição de presidente do Carf".
Os investigadores chegaram a pedir a prorrogação das interceptações. Ex conselheiro do Carf, o genro de Cartaxo é apontado pela PF como um dos principais integrantes do grupo suspeito de operar o esquema de venda de decisões. Na casa dele, os agentes apreenderam R$ 800 mil em dinheiro.
Manzan é sócio da SBS Consultoria Empresarial, empresa que, segundo a polícia, foi usada para "dissimular atividades criminosas", como corrupção de conselheiros e lavagem de dinheiro do esquema. A relação com o sogro, segundo um dos relatórios, conferia a Manzan "grande prestígio e influência dentro do Carf, o que ele exerce sem pudor".
Os áudios, segundo a PF, indicam que Cartaxo, após deixar a presidência do Carf, "passará a trabalhar na consultoria do seu genro, a SBS Consultoria". As conversas entre os investigados, interceptadas na Operação Zelotes, fazem referências a supostas atividades do exchefe da Receita em favor do esquema.
Numa delas, o conselheiro Paulo Roberto Cortez diz a um de seus sócios que recebeu um "recado sutil" de Cartaxo por meio do colega Valmir Sandri. O presidente do conselho queria, segundo Cortez, fazê-lo "calar a boca" sobre a forma como o processo da Gerdau estava sendo conduzido.
Em vez de ser relatado por um representante da Fazenda no Carf, o caso ficou sob responsabilidade do próprio Valmir. As investigações mostram indícios de que a Gerdau negociou propina para ter decisão favorável no caso, que envolve uma dívida de R$ 4 bilhões.
O processo ainda não foi concluído. A Gerdau informa que não foi comunicada sobre seu envolvimento na Operação Zelotes por nenhuma autoridade. Alega também que contrata "escritórios externos" para auxiliá-la nos processos que correm no Carf e que ainda não pagou esses prestadores de serviço. O pagamento, segundo a empresa, é condicionado ao êxito e ao "respeito à legalidade". As informações são de reportagem de Fábio Brandt, Murilo Rodrigues Alves e Andraza Matais, do jonal O Estado de S. Paulo deste Sábado (4).



Familiares de Valter Cardeal possuem expertise na área de energia eólica

O diretor da Eletrobrás, Valter Cardeal, que agora protagoniza nova polêmica com o ministro Eliseu Padilha, é gaúcho de Porto Alegre. Ele foi diretor da CEEE e do PDT. Dilma levou-o para Brasília quando foi indicada ministra de Minas e Energia de Lula.

Familiares de Valter Cardeal possuem expertise na área de energia eólica no RS.

Padilha e Cardeal não se bicam há muito tempo

A reportagem da revista Época envolvendo possíveis conversações pouco republicanas entre o ministro Eliseu Padilha e o diretor da Eletrobrás, Valter Cardeal, tudo em torno de usinas eólicas do RS, não conta que os dois personagens já estiveram em campos opostos há poucos anos.

No governo Lula, quando Valter Cardeal era presidente da Eletrobrás, ele fez campanha cerrada contra a implantação de uma usina eólica no Litoral Norte. Gente ligada ao diretor, tentou envolver Padilha no negócio, porque o ministro estaria interessado em alugar suas terras para o empreendimento.

Este caso foi parar na Justiça.

Sabendo o que ocorreu, é surpreendente que Eliseu Padilha tenha recebido Valter Cardeal no seu gabinete de Brasília.

Os termos do encontro dos dois vazaram imediatamente.

Ombudsman da Folha reclama leniência da própria Folha no trato da Zelotes. No RS, jornais evitam o assunto.

Vera Magalhães e Otávio Frias, ao lado. Não só a Folha, mas toda a mídia trata o caso com dedos de pelica. Só O Estadão atreveu-se a iniciar o noticiário e a sustentá-lo.


"Só na última quinta, uma semana depois do início, a operação galgou a manchete deste jornal", diz a jornalista Vera Guimarães Martins, que exerce o cargo de ombudsman da Folha de S. Paulo, comandada por Otávio Frias Filho.

Ela avisou:

- A punição de quem paga suborno para levar vantagem não é só questão de Justiça, é aspiração de qualquer sociedade que se quer desenvolvida.

O jornal Zero Hora, Porto Alegre, embora esteja envolvido diretamente no escândalo, já que seu grupo controlador, a RBS, está sendo investigado pelo uso de propinas para conseguir cancelar dívidas fiscais com a Receita Federal, tem publicado reportagens, inclusive citando-se, mas faz isto de modo mercamente formal, como quem cumpre um indesejado dever de casa. Seus jornalistas evitam falar na Operação Zelotes, mas quando fazem isto, demonstram tolerância que nunca tiveram em todos os casos de escândalo já conhecidos.,

Os demais jornais gaúchos evitam até mesmo tratar do assunto, receando incomodar o concorrente e blindando-se de futuras represálias.  

O caso só rola com vigor nas redes sociais. 

Artigo, Fernando Henrique - Do governo Dilma há pouco a esperar

Deste governo há pouco a esperar, mesmo quando, movido pelas circunstâncias, tenta corrigir os rumos. Tanto quanto popularidade, falta-lhe credibilidade

Nas últimas semanas tenho dado entrevistas aos jornais e às TVs, talvez mais do que devesse ou a prudência indicasse. Por quê? A mídia anda à busca de quem diga o que pensa sobre o “caos” (a qualificação é oficiosa, vem da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) em que estaríamos mergulhados e é necessário que vozes da oposição sejam ouvidas.

A crise atual marca o fim de um período, embora ainda não haja percepção clara sobre o que virá. Em crises anteriores, as forças opostas ao governo estavam organizadas, tinham objetivos definidos.

Foi assim com a queda de Getúlio em 1945, quando a vitória dos Aliados impunha a democracia; idem na segunda queda de Getúlio, quando seus opositores temiam a instauração da “República sindicalista”; o parlamentarismo, igualmente, serviu de esparadrapo para que Jango pudesse tomar posse; em 1964 as “marchas das famílias pela liberdade” aglutinaram as forças políticas aos militares contra o populismo presidencial e, posteriormente, se entregaram a práticas autoritárias; deu-se o mesmo, por fim, quando a frente de oposição, liderada pelo PMDB, em aliança com dissidentes da antiga Arena, pôs fim ao regime criado em 1964.

Em todos esses casos, previamente ao desenlace, houve o enfraquecimento da capacidade de governar e os opositores tinham uma visão política alternativa com implicações econômicas e sociais, embora se tratasse fundamentalmente de crises políticas.

Mesmo no impeachment de Collor, a crise era política e a solução idem. Naturalmente, ajustes econômicos foram feitos em seguimento às soluções políticas, basta lembrar a dupla Campos/Bulhões nos anos 1960. Ou ainda, os planos Cruzado e Real, que se seguiram à Constituinte e à derrocada de Collor.

No que se distingue o “caos” atual? Em que ele é mais diretamente a expressão do esgotamento de um modelo de crescimento da economia (como também em 1964 e nas Diretas Já), embora ainda não se veja de onde virá o novo impulso econômico.

Mais do que de uma crise passageira, o “caos” atual revela um esgotamento econômico e a exaustão das formas político-institucionais vigentes. Será necessário, portanto, agir e ter propostas em vários níveis.

Embora haja alguma similitude com a situação enfrentada na crise de Jango Goulart, nem por isso a “saída” desejada é golpista e muito menos militar. Não há pressões institucionais para derrubar o governo e todos queremos manter a democracia.

Explico-me: a pretensão hegemônica do lulo-petismo assentou-se até a crise mundial de 2008, na coincidência entre a enorme expansão do comércio mundial e a alta do preço das commodities, com a continuidade das boas práticas econômicas e sociais dos governos Itamar/Fernando Henrique Cardoso.

Essas práticas foram expandidas no primeiro mandato de Lula, ao que se somou a reação positiva à crise financeira mundial. Ao longo do seu segundo mandato, o lulo-petismo assumiu ares hegemônicos e obteve, ao mesmo tempo, a aceitação do povo (emprego elevado, bolsa-família, salário mínimo real aumentado) e o consentimento das camadas econômicas dominantes (bolsa BNDES para os empresários, Tesouro em comunicação indireta com o financiamento das empresas, Caixa Econômica ajudando quem precisasse).

Só que o boom externo acabou, os cofres do governo secaram e a galinha de ovos de ouro da “nova matriz econômica” — crédito amplo e barato e consumo elevado — perdeu condições de sustentabilidade.

Isso no exato momento em que o governo Dilma pôs o pé no acelerador em vez de navegar com prudência. Daí que o discurso de campanha tenha sido um e a prática atual de governo, outra. Some-se a isso a crise moral, na qual o Petrolão não é caso único.

As oposições devem começar a desenhar outro percurso na economia e na política. Como a crise, além de econômica e social, é de confiabilidade (o governo perdeu popularidade e credibilidade), começam a surgir vozes por “um diálogo” entre oposições e governo.

Problema: qual o limite entre diálogo político e “conchavo”, ou seja, a busca de uma tábua de salvação para o governo e para os que são acusados de corrupção?

A reconstrução de uma vida democrática saudável e uma saída econômica viável requerem “passar a limpo” o país: que prossigam as investigações e que a Justiça se cumpra. Ao mesmo tempo há que construir novos modos de funcionamento das instituições políticas e das práticas econômicas.

As oposições devem iniciar no Congresso o diálogo sobre a reforma política. Em artigo luminoso do senador Serra, publicado no “Estadão” de 26 passado, estão alinhadas medidas positivas, tanto para a reforma eleitoral como para práticas de governo.

Iniciar a proposta de voto distrital misto nas eleições para vereador em municípios com mais de 200 mil eleitores é algo inovador (o senador Aloysio Nunes fez proposta semelhante). Há sugestões de igual mérito na área administrativa, como a criação da Nota Fiscal Brasileira, e ainda a corajosa e correta crítica ao regime de partilha que levou a Petrobras a se superendividar.

De igual modo, o senador Tasso Jereissati apresentou emenda moralizadora sobre o financiamento das eleições, impondo tetos de doação de até 800 mil reais para os conglomerados empresariais e restrições de acesso ao financiamento público às empresas doadoras. Partidos que até agora apoiam o governo, como o PMDB, também têm propostas a serem consideradas.

Sei que não basta reformar os partidos e o código eleitoral. Mas é um bom começo para a oposição que, além de ir às ruas para apoiar os movimentos populares moralizadores e reformistas, deve assumir sua parte de responsabilidade na condução do país para dias melhores.

Deste governo há pouco a esperar, mesmo quando, movido pelas circunstâncias, tenta corrigir os rumos. Tanto quant

Pepe Vargas e Rosseto entre os recordistas no uso de jatinhos da FAB para viagens para casa. Dilma resolveu acacabar com a farra.

Depois da veiculação da reportagem por TVEJA, a Casa Civil anunciou que, na próxima semana, a presidente Dilma Rousseff editará um decreto que restringe o uso de jatinhos da FAB para levar ministros de volta às suas cidades de origem nos fins de semana. A medida será detalhada ao longo da próxima semana.

O ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário) foi o recordista nos três primeiros meses deste ano: ele decolou sozinho quatro vezes de Brasília para Belo Horizonte. Os demais ministros foram Pepe Vargas (Relações Institucionais), Mauro Vieira (Itamaraty), Miguel Rossetto (Secretaria Geral da Presidência) e Eleonora Menicucci (Políticas para as Mulheres).

Conforme o site de VEJA revelou, cada viagem em jatinhos da FAB custa cerca de 12.000 reais por hora de voo - 44 vezes mais caro que a média de preço de uma passagem aérea comercial (268 reais). 


"É uma barbaridade, coisa de horda palaciana. Custa quantas vezes mais isso? É não ter o mínimo de bom senso e de critério do uso do dinheiro público, de saber qual é o custo e o benefício disso. É um governo que não só contribui para o desperdício de um lado, mas para a corrupção de outro e para o abuso daqueles que se utilizam para benefício próprio, para seu prazer pessoal ou para o deslumbramento no cargo", diz o deputado Rubens Bueno.
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